O que é a memória?
- Andressa Chodur
- 3 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de abr.
Toda informação é recebida através dos órgãos sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato), adquirida através da experiência e armazenada na memória. Ou seja, nossa memória é responsável por quem somos, com base nas experiências que já tivemos e na nossa relação com o mundo e com os outros. A memória é a principal das chamadas “Funções Cognitivas”.
Mas afinal, o que é a cognição? De acordo com um dos principais pesquisadores da mente humana, Nisser (1967), a cognição se define como “todos os processos pelos quais o estímulo sensorial é transformado, reduzido, elaborado, armazenado, recuperado e utilizado”.
· A Terapia de Estimulação cognitiva ainda é a melhor opção para melhorar a memória, pois favorece a neuroplasticidade, que é a capacidade dos neurônios de transformar e adaptar sua estrutura em resposta às exigências ambientais (externas) ou internas, e
· Favorecem o aprendizado. Todo novo aprendizado gera modificações na estrutura do sistema nervoso, mesmo após a maturidade e mesmo quando há lesão (Alzheimer, TCE, AVC, etc.). Ou como eu costumo dizer: sempre quando aprendemos algo novo surge uma nova “marquinha” no nosso cérebro. Uma marca definitiva.
Tipos de memória:
· Memória Sensorial: Está relacionada ao processamento rápido das informações recebidas pelos órgãos do sentido (tato, audição, visão, olfato e paladar). Ex. cheiro de comida queimando, relembrar uma música antiga, lembrar da fisionomia de uma pessoa.
· Memória de Curto Prazo: Guarda por alguns segundos. Informações que são passadas pela memória sensorial, podendo ser transferidas para a memória de longo prazo. Ex. Quando alguém se apresenta dizendo o nome, que pode ser guardado ou não.
· Memória de Longo Prazo: capacidade ilimitada de armazenamento
Memória procedimental: Refere-se ao desempenho de atividades bem aprendidas anteriormente.
Memória declarativa: É a recordação do nosso conhecimento relativo a pessoas, objetos, lugares e acontecimentos.
Memória Prospectiva: Consiste em lembrar o que é preciso fazer e quando fazer.
Falhas de memória
50% idosos se queixam de falha de memória, destes:
5% de 65 a 80 anos – têm demência
1/5 acima de 80 anos – têm demência
Se a maioria dos idosos não tem demência, mas ainda assim muitos sentem déficits de memória, quais podem ser as causas dos agravos cognitivos? Problemas alimentares, desidratação, infecções, descondicionamento físico, efeito colateral de medicamentos, ambientes estressantes, ansiedade, depressão, decréscimo de estímulos sociais, sensoriais, psicológicos e biológicos.
Em adultos jovens e saudáveis as principais causas são: estresse e multitarefas.
Tratamentos
• Tratamentos medicamentosos do Alzheimer e de outras demências ainda são pouco específicos e eficazes (Dalmaz e Netto), sem efeito neuroprotetor;
• Estimulação e Reabilitação cognitiva – bons resultado (Grieve, 2006);
A estimulação cognitiva é uma técnica utilizada pela Terapia Ocupacional para recuperar, estimular, aprimorar a memória e demais funções.

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