Postado em 6 de março de 2017
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Nos comunicamos o tempo todo! Principalmente com palavras, mas também com olhares, expressão corporal, gestos e escrita. Todos os povos e culturas se comunicam para expressarem o que pensam, sentem e desejam.

Já pensou a angústia de alguém que, por alguma doença ou acidente, não consegue mais falar? Essas alterações podem ser temporárias após uma traqueostomia, por exemplo, ou permanentes como uma afasia por sequela de Acidente Vascular Cerebral.
Existem estratégias simples e eficazes para proporcionar a comunicação, quando treinadas e desenvolvidas adequadamente. Pode-se utilizar a comunicação escrita, gestos, aplicativos para smartphones ou até pranchas com o alfabeto. Existem recursos e equipamentos para todas as necessidades e bolsos.

A criatividade e resolutividade do Terapeuta é muito importante! Além do treinamento, que é feito com a terapeuta e pode ser exaustivo.
Apesar da maioria das adaptações serem simples e fáceis de serem confeccionadas isso não deve ser feito sem indicação adequada, pois uma adaptação má indicada pode trazer frustração para o paciente. E isso faz com que ele perca a adesão ao tratamento e fique desmotivado para novas tentativas, o que dificulta o processo.

É importante destacar a necessidade de uma avaliação global prévia, feita por profissional capacitado e a partir daí se definir a conduta terapêutica.

Para quem tiver interesse no assunto recomendo assistir o filme “O escafandro e a borboleta”, que conta a história de Jean-Dominique Bauby. Ele sofre um AVC de tronco, que é devastador e o deixa paralisado e completamente dependente, com apenas o movimento do olho esquerdo. Isto se chama “Síndrome do Encarceramento”. Após o trágico diagnóstico, Jean reaprende a se comunicar com o que lhe restou de função: seu olho esquerdo. Com ajuda profissional, treino e estímulo Jean escreve um livro de memórias. Incrível!

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