Doenças como o Alzheimer, que acometem principalmente a população idosa, são conhecidas por apresentarem déficits de memória dentre os sintomas principais. Porém esta não é uma queixa exclusiva de quem tem algum tipo de demência (são centenas de classificações de demências já descritas na literatura), tampouco é uma exclusividade dos idosos.
Fatores como diabetes, hipertensão, uso de drogas, depressão, acidentes, traumas, problemas cardíacos e da tireoide também podem comprometer o bom funcionamento cognitivo e afetar a qualidade de vida, inclusive de adultos jovens.
Queixas de falha de memória são cada vez mais comuns nos dias atuais e são provocadas por diversos fatores, incluindo o estresse e a necessidade de estar sempre on line, o que chamamos de “hiper conectividade”. Ter de responder rapidamente o aplicativo de mensagens, escrever e-mails, atender ligações e fazer tudo isso ao mesmo tempo prejudica o direcionamento da atenção e a concentração. É como eu sempre digo para os meus pacientes: se não direcionarmos a atenção para a tarefa que está sendo realizada o nosso cérebro não registrará o que estamos fazendo, logo não haverá memórias sobre o fato ocorrido. DICA: Para melhorar isso faça uma coisa de cada vez!
Para quem tem prejuízos funcionais decorrentes da memória a estimulação cognitiva é um recurso potente. É utilizada por Terapeutas Ocupacionais em sua prática clínica onde habilidades mentais são estimuladas conforme a necessidade e capacidade do paciente. Podem ser usados exercícios com auxílio de jogos, palavras cruzadas, relaxamento, técnicas de memorização, etc. Os exercícios são desenvolvidos conforme a necessidade, motivação e histórico do paciente.
Antes de definir a conduta de tratamento o Terapeuta Ocupacional aplica uma avaliação específica de rastreio cognitivo. A partir disso é possível identificar onde estão os principais déficits, que podem ser: memória recente, cálculo, atenção ou fluência verbal, por exemplo. Após identificadas as necessidades de estimulação o Terapeuta prescreve e aplica exercícios e atividades que podem potencializar ou recuperar a função cognitiva do paciente. Sabemos que o cérebro humano tem a capacidade de criar novas conexões neuronais, como resposta a uma necessidade de adaptação, esta habilidade que antes era desconhecida, é chamada de Neuroplasticidade. A Neuroplasticidade é uma das principais bases de todo processo de reabilitação.
Na estimulação cognitiva o plano de tratamento é sempre individualizado e direcionado para atingir as necessidades específicas do paciente. Abaixo compartilho algumas sugestões que todos podem tentar para potencializar sua cognição, mas fica o alerta: para fins de tratamento procure um Terapeuta Ocupacional!
DICAS PARA POTENCIALIZAR A COGNIÇÃO:
1) Escove os dentes com sua mão não dominante
2) Pratique atividade física regularmente
3) Não leve lista de supermercado
4) Durma bem
5) Tenha Hobbies, escute música (pode cantar junto), pratique leitura
6) Abuse de jogos, passatempos e aplicativos de estimulação cognitiva ou neuróbia
7) Em casa, caminhe “de ré”
8) Conheça novos lugares e descreva, mesmo que para você mesmo e mentalmente, os detalhes do local
9) Beba bastante água
10) Sorria mais!
Os florais de Bach também têm se mostrado excelentes catalisadores do processo de reabilitação cognitiva.
* Fica meu alerta contra a automedicação, mesmo que seja com um produto natural. Se você quer sentir os efeitos benéficos dos florais de Bach, procure um Terapeuta habilitado.
Sobre o uso de florais como potencializador da memória leia esta palestra apresentada no 1º circuito terapêutico dA Casinha: Memória e Florais de Bach – palestra
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Drª Andressa Chodur
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